Muitos foram, muito somos e muitos te esperam,
E as gentes com a mudança nada aprenderam.
Tudo aquilo que é mortal com o tempo se gasta;
Passando o tempo, dos seus todos se afasta.
Os que agora cá passamos nos lembramos de outros
Que ultrapassámos; com tempo nos lembrarão outros.
Por ter nascido morremos, feitos cinza morta;
Por este mundo passamos – qual passo de porta.
Hoje grande e poderoso, cheio de grandeza,
Passas e amanhã traspassas com grande tristeza.
Barro e cinza fazes-te, homem, e assim pereces
Ora verme, em fedor tu logo apodreces!
Pois de quem és neste mundo, homem, tu magica!
Tal qual espuma, ao de cima nem o nome fica.
Só uma cousa: a boa obra fica e te enaltece,
No céu, bem-aventurado, tua ventura cresce.
Tradução de Doina Zugravescu
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