O homem é como a flor do campo, como o arbusto.
Por que vieste à luz? E para quê?
Se tenro e alegre de manhã floresces
eis que de tarde
cortam-te a flor e já não te conhecem.
A morte pasce em ti, como um rebanho.
É possível que acedas à alegria,
se tens sob teus pés escondida a armadilha?
Por que, homem, gozar o mel com a boca
se a tua língua deve estar disposta
a degustar o amargo pó da morte?
Ó morte! Quanto tempo ainda terás, soberba,
para zombar do nosso sofrimento?
Sobre a criança e sobre o velho desces
fulminante tua lâmina de espada
para ceifar, qual trigo, teus rebanhos.
Tradução de Renata Pallotini
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