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ARTE

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

BERNARDO DE BALBUENA (1568-1627) - PERDIDO ANDO, SENHORA, ENTRE ESTA GENTE



Perdido ando, senhora, entre esta gente
sem vós, sem mim, sem ser, sem Deus, sem vida:
sem vós, porque de mim não sois servida;
sem mim, porque ante vós não estou presente;
sem ser, porque do ser estando ausente
tudo do ser me força à despedida;
sem Deus, porque minha alma Deus olvida
para vos contemplar continuamente;
sem vida, porque ausente de sua alma
ninguém vive, e se nisto não me afogo
é porque espero achar-vos nesta lida.
Oh belos olhos, luz cândida e calma,
voltai a olhar-me, pois voltar-me-eis logo
a vós, a mim, a meu ser, meu Deus e vida!

Tradução de José Bento

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