Padre apologeta latino, foi professor de retórica. É autor de uma apologia denominada “Adversus nationes”.
É um filósofo pessimista, no que ao homem respeita, motivo pelo qual, foi bastas vezes comparado com Pascal – deveria ser Pascal comparado com Arnóbio, e não o contrário.
O homem é um ser repugnante, com atitudes de grande baixeza moral, mesquinho, e a sua existência não tem qualquer utilidade para o mundo, que se manteria estável, caso não existisse. A história confirma o carácter ignóbil do ser humano: sucedem-se em cascata, a violência generalizada, os delitos, o mal em todas as suas múltiplas facetas. Por conseguinte, Deus, criador de um mundo ordenado e perfeito, não poderia ter gerado tal criatura, essa coisa infeliz e miserável, que se dói de ser, detestando e chorando a sua triste condição, cujo objectivo ou sentido parece ser o da difusão do mal. Provavelmente, foi criado por um Deus inferior, seja no seu poder seja na sua dignidade – admite a existência de inúmeras divindades, mesmo as pagãs, mas todas as subordinadas ao Deus cristão.
A alma não é divina – como os platónicos afirmaram – e a doutrina da reminiscência é ostensivamente afastada. A sensação é a base do conhecimento. A alma, que não é espírito nem corpo, mas uma substância intermédia e indeterminável, não é imortal. Apenas Deus, única ideia inata no ser humano, pode conferir-lhe tal atributo, desde que aquela, tenha pelo reconhecimento e pelo serviço, atingido o requerido grau de pureza. Os que não conseguirem purificar-se serão condenados ao fogo do inferno, até à sua total extinção.
A morte da alma – incondicional, como reconhecem os Epicuristas –, ou a sua imortalidade – também incondicional, como atesta Platão – é um erro absurdo. A alma terá o destino que deriva da sua acção, e da pureza que atingiu em vida.
Estudo temático. Para um maior desenvolvimento e conhecimento de outros filósofos sobre os temas versados, ver no site »
www.homeoesp.org »
Menu » Livros online » Deus, Alma e Morte na História do Pensamento Ocidental.
É um filósofo pessimista, no que ao homem respeita, motivo pelo qual, foi bastas vezes comparado com Pascal – deveria ser Pascal comparado com Arnóbio, e não o contrário.
O homem é um ser repugnante, com atitudes de grande baixeza moral, mesquinho, e a sua existência não tem qualquer utilidade para o mundo, que se manteria estável, caso não existisse. A história confirma o carácter ignóbil do ser humano: sucedem-se em cascata, a violência generalizada, os delitos, o mal em todas as suas múltiplas facetas. Por conseguinte, Deus, criador de um mundo ordenado e perfeito, não poderia ter gerado tal criatura, essa coisa infeliz e miserável, que se dói de ser, detestando e chorando a sua triste condição, cujo objectivo ou sentido parece ser o da difusão do mal. Provavelmente, foi criado por um Deus inferior, seja no seu poder seja na sua dignidade – admite a existência de inúmeras divindades, mesmo as pagãs, mas todas as subordinadas ao Deus cristão.
A alma não é divina – como os platónicos afirmaram – e a doutrina da reminiscência é ostensivamente afastada. A sensação é a base do conhecimento. A alma, que não é espírito nem corpo, mas uma substância intermédia e indeterminável, não é imortal. Apenas Deus, única ideia inata no ser humano, pode conferir-lhe tal atributo, desde que aquela, tenha pelo reconhecimento e pelo serviço, atingido o requerido grau de pureza. Os que não conseguirem purificar-se serão condenados ao fogo do inferno, até à sua total extinção.
A morte da alma – incondicional, como reconhecem os Epicuristas –, ou a sua imortalidade – também incondicional, como atesta Platão – é um erro absurdo. A alma terá o destino que deriva da sua acção, e da pureza que atingiu em vida.
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