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ARTE

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

CHENG TZU-ANG (656-698) - O SÁBIO ESQUECE-SE DE SI



O sábio esquece-se de si,
só pensa na humanidade,
ignora os Paraísos,
as recompensas do outro mundo.

Ouvi dizer que o Buda
ensinava uma doutrina pura.
Mas se assim é, para quê
tantos ídolos de madeira dourados?

Os céus que formam o tecto do mundo
dissipar-se-ão como uma nuvem.
Como é que os ídolos hão-de sobreviver
se são apenas obra dos homens?

Tradução de António Ramos Rosa

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