Pai-Céu, Mãe-Terra,
somos vossos filhos, e nas costas cansadas
trazemos as dádivas.
Para nós mesmos trazemos as vestes esplendorosas.
Que seja a urdidura a luz branca da aurora,
que a trama seja a luz vermelha da tarde,
que sejam as franjas a chuva que tomba,
que a orla seja o arco-íris que se levanta.
Para nós mesmos tecemos as vestes esplendorosas.
Para poder caminhar por onde cantam os pássaros,
para poder caminhar por onde é verde a erva,
Pai-Céu, Mãe-Terra.
Versão de Herberto Helder
Sem comentários:
Enviar um comentário