A ESPANTOSA realidade das coisas
É a minha descoberta de todos os dias.
Cada coisa é o que é,
E é difícil explicar a alguém quanto isso me alegra,
E quanto isso me basta.
Basta existir para se ser completo.
(...)
Outras vezes oiço passar o vento,
E acho que só para ouvir passar o vento vale a pena ter nascido.
(...)
Uma vez chamaram-me poeta materialista,
E eu admirei-me, porque não julgava
que se me pudesse chamar qualquer coisa.
Eu nem sequer sou poeta: vejo.
Se o que escrevo tem valor, não sou eu que o tenho:
O valor está ali, nos meus versos.
Tudo isso é absolutamente independente da minha vontade.
JOSÉ MARIA ALVES
http://www.homeoesp.org
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