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ARTE

terça-feira, 4 de outubro de 2011

SAUDADES SEMPRE




Na pradaria um Bisonte desmarcado Juba luxuriante Barba exuberante Ombros altos como possante homem das estepes Nas omoplatas armas letais
Afastara-se da manada apesar de ser macho dominante
O mundo a seus pés

Cavalo Branco seguia-o nas terras de caça
Afastando-se do acampamento de Verão

Na tenda
À porta
Triste e sofrida
Sua amante
Ave Vermelha
Esperava

O Búfalo alado voava
Voava
Com Cavalo Branco
Esgotado

Passaram anos Anos e anos a cavalgar em manta gasta
Numa mão a imagem do Bisonte
Na outra a da Amante

Fora vencido
Queria voltar
Ao lume doce da sua tenda
Aos braços de sua Amada

Nunca conseguiu encontrar o caminho de regresso
Morreria de saudade a florescer no coração
Com Ave Vermelha a definhar em choro de dor

Já não era Cavalo Branco
O Grande Guerreiro
O Caçador

Seria eternamente
Saudades de Amor
E seu nome
Saudades Sempre


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