sento-me à beira da cama que ladeia o rosto da aridez incendiado pelas visões de veludo procuro-te
o eco dos papéis soltos pulsa na avenida deserta
o corpo estremece propício à embriaguez na margem do cais
imobilizado pelo odor da cidade deixo que a lâmina de aço faça maliciosamente o seu trabalho no sepulcro da saudade
ao anoitecer quando as vozes morrerem saberei a verdade
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