de braços abertos regressou a minha adolescência
cruzando o espaço das casas caiadas com resíduos de vento
os lábios florescem numa primavera tardia
lembro o peso dos olhos os fragmentos das cabeças envidraçadas o infinito adeus à felicidade jorrada nas sombras do vulcão em forma de quilha
vejo fotografia a fotografia do álbum polido e bordado a flores silvestres guardado nos tições da memória
um murmúrio é esventrado pelas garras da solidão fragmentada
a vida é um nada um teatro de olhos oblíquos montado na margem de um rio seco
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