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Durante os 10.000 anos que antecederam a Revolução Industrial – que teve o seu início por volta de 1750 – o dióxido de carbono manteve níveis estabilizados de 280 ppm – número de moléculas do gás por milhão de moléculas de ar seco.
Após subidas constantes de dióxido de carbono na atmosfera a partir da Revolução Industrial e face a previsões apocalípticas de alguns cientistas, em 2019 a curva de crescendo do CO2 foi ligeiramente aplanada.
Tal facto ficou a dever-se ao encerramento de usinas termoeléctricas alimentadas a carvão e ao crescimento das energias renováveis.
Em 2020, as emissões globais de CO2 caíram 6,4%, como consequência do confinamento provocado pela actual pandemia de coronavírus.
No entanto as emissões de dióxido de carbono voltaram a subir assustadoramente.
Em Maio de 2021, cientistas do Observatório Atmosférico de Mauna Loa, no Havai, registaram a maior média mensal de CO2 na atmosfera desde 1958 – ano em que se iniciaram as medições no local.
A média mensal atingiu as 419 ppm (partes por milhão).
Ao que parece este é um valor que supera todos os que ocorreram entre 4,1 milhões e 4,5 milhões de anos atrás.
Não obstante a queda dos valores em 2020, tudo indica que esta que não teve qualquer impacto perceptível no contexto da variabilidade natural dos níveis de CO2, causados pelo modo como as plantas e os solos respondem ao clima, humidade do solo e outras circunstâncias.
É previsível que no corrente ano (2022) os valores de dióxido de carbono possam ultrapassar os de 2021.
Se bem atentarmos, a queda de 6,4% deu-se em 2020, e em 2021 com a economia ainda sem recuperação houve um aumento substancial e preocupante do CO2.
Este facto não agoira nada de bom.
Desde 1960 que os valores de CO2 não param de crescer.
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José Maria Alves
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