METANO - METANO NO ÁRCTICO
LIBERTAÇÃO DO FUNDO DO MAR E AUMENTO DOS NÍVEIS ATMOSFÉRICOS
Os níveis de metano sobre o Oceano Árctico são superiores aos de qualquer outro lugar na Terra. Os níveis de metano estavam tão elevados quanto 2436 partes por bilião (mil milhões) (ppb) na tarde de 5 de Dezembro de 2016, com a maioria de metano a ascender da água, em particular sobre o Oceano Árctico.
Aumento de metano na atmosfera a 5 de Dezembro de 2016 (MetOp 1 pm), desde 1000 mb, ou seja, perto do nível do mar, até uma pressão de 586 mb, o que corresponde a uma altitude de 3833 m.
Os níveis de metano sobre o Oceano Árctico têm estado elevados há já mais de um mês. O vídeo abaixo, com uma banda sonora de Daniel Kieve, mostra os níveis de metano de 26 de Outubro de 2016 a 25 de Novembro de 2016.
Estes níveis elevados de metano acontecem numa altura em que não há praticamente nenhuma luz solar a atingir o Árctico, o que praticamente elimina a possibilidade de uma proliferação de algas ou outras fontes biológicas o estarem a causar. Em vez disso, estes níveis elevados de metano parecem ser o resultado de erupções de metano do fundo do mar do Oceano Árctico, causadas pelo aquecimento da água dos oceanos.
O metano do fundo do mar parece estar a fazer subir o nível médio de metano global em altitudes mais elevadas.
De facto, grandes quantidades de metano parecem estar a irromper do leito do mar do Oceano Árctico, e, à medida que o metano sobe na atmosfera, este vai-se aproximando do equador, resultando em níveis mais elevados de metano também aí. A imagem acima ilustra ainda, que o metano do fundo do mar parece estar a fazer subir o nível médio de metano global em altitudes mais elevadas.
A imagem em baixo mostra o aumento da temperatura dos oceanos. As temperaturas estão a aumentar de modo particularmente rápido no Hemisfério Norte.
A quantidade enorme de energia a entrar no oceano traduz-se em temperaturas mais elevadas da água e do ar sobre a água, bem como de ondas maiores e ventos mais fortes. Muito desse calor é carregado pela força de Coriolis ao longo da Corrente do Golfo, desde a costa da América do Norte através do Atlântico Norte para o Oceano Árctico.
O calor é carregado pela força de Coriolis ao longo da Corrente do Golfo, desde a costa da América do Norte através do Atlântico Norte para o Oceano Árctico.
Como a imagem abaixo mostra, as temperaturas de superfície do mar perto de Svalbard (círculo verde) estavam tão altas quanto 14.1°C a 6 de Dezembro de 2016, 12.1°C mais quente que a média de 1981-2011.
O aumento do calor no oceano está a ameaçar causar erupções cada vez maiores de metano do fundo do mar.
Conforme descrito na página “Extinction” (do blogue arctic-news.blogspot.com), as erupções de metano do fundo do mar podem provocar 1,1°C de aumento de temperatura ao longo dos próximos dez anos.
A situação é crítica e apela a uma acção abrangente e eficaz.
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Estamos muito pior do que estávamos quando Sam Carana nos avisou…
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NOTA -
Traduzido do original, no blogue sobre alterações climáticas que infelizmente parece ter deixado de ter actividade desde 2016.
No entanto, este artigo é fundamental para que se compreenda a importância do metano como um dos grandes riscos ambientais que podem conduzir à EXTINÇÃO EM MASSA DO ANTROPOCENO, acrescendo o facto de ter sido escrito por um dos maiores cientistas da actualidade no que se refere às alterações climáticas, muito especialmente no Árctico – o seu blogue é uma das grandes referências mundiais.
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José Maria Alves
https://gaia-o-fim-da-humanidade.blogspot.com/
https://homeoesp.blogspot.com/
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