Para alguns cientistas os dados científicos prevêem, que o processo de "extinção" da humanidade já começou, é irreversível, e estará ultimado por volta de 2040, contando-se entre eles, Guy McPherson – entrevista concedida a um canal televisivo em 2014.
No ano de 2016, James Hansen, um dos climatologistas mais prestigiados da actualidade, afirmou que “O inferno vai cair no Atlântico Norte e territórios vizinhos” – tal como a Sibéria –, analisando particularmente o degelo, a subida do nível do mar e temíveis tempestades na zona.
Nesse mesmo ano, uma carta assinada pelos principais cientistas do clima do mundo e publicada no Jornal "The Independent" prevenia que o aquecimento do Árctico levaria a uma célere libertação dos hidratos de metano do fundo do mar do Árctico o que anunciaria a próxima fase de mudança climática catastrófica abrupta à qual a nossa civilização não sobreviveria – por via de uma SEXTA EXTINÇÃO EM MASSA.
A extinção humana a curto prazo é, como já era outrora, considerada como uma realidade por muitos cientistas do clima.
E as perspectivas actuais não são as melhores. Bem pelo contrário.
Num artigo de Andrew Glikson, “De um nível de CO2 semelhante ao Mioceno de 420 ppm a mudanças climáticas irreversíveis”, publicado em Março deste ano, verificamos que o dióxido de carbono (CO₂) atingiu níveis acima de 420 partes por milhão (ppm) em Mauna Lao, Havaí, nos dias 13 e 14 de Fevereiro de 2022.
Aumentou de 315 ppm em 1950 para 419 ppm em 2022, a uma taxa média de crescimento de cerca de 1,44 ppm/ano, acelerando para cerca de 2,5 ppm/ano recentemente, a uma velocidade sem precedentes.
A acrescer aos já muito elevados níveis de CO₂ tornam-se preocupantes, até aterrorizantes, os níveis de metano.
A actual tendência global de gases de efeito estufa está a conduzir-nos para uma das maiores extinções em massa de espécies no registo geológico, sendo sua causa principal e uma das suas próprias vítimas a humanidade.
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Numerosas espécies foram incapazes de sobreviver à quinta extinção, nem serão muitas as espécies que irão sobreviver à taxa ainda mais alta de destruição da catástrofe do Antropoceno, algumas delas pela crueldade do homem, um superpredador.
Sentimos hoje alterações climáticas substanciais e assistimos a verdadeiras calamidades provocadas pelo aquecimento global, que é de todo irreversível – atingimos o ponto de não-retorno.
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Podemos estar à beira de um conflito nuclear – não que me acredite muito que possa ocorrer de forma racional, mas como consequência ou por erro irreflectido de algum Estado.
Será que Putin está suficientemente informado do facto de estarmos à beira da extinção?
Tem certamente conhecimento de que está a aproximar-se da morte e que tudo o que é e que construiu é efémero. Sabe que nada trouxe consigo e nada carregará para lado algum. Que vai morrer sozinho e será esquecido em poucos anos. Que somos uma espécie sem futuro. Os outros Senhores da Guerra deste planeta também o sabem, aplicando-se-lhes o que a Putin se refere – a Terra não tem um só vilão.
Quererá acelerar essa mesma extinção julgando que o seu nome ficará registado geologicamente e associado a este conjunto de ervas daninhas, de que também faz parte, e que obteve inadvertidamente a capacidade de afectar directamente o seu destino e o da maioria das espécies deste planeta?
Estão os restantes líderes do mundo conscientes da realidade?
Como já escrevemos não existe "arsenal" mais perigoso, mais poderoso, do que a maléfica actividade que o homo arrogans tem exercido contra a Natureza.
A libertação de metano do permafrost em degradação é uma “arma” poderosa, que pode ocorrer naturalmente ou ser “provocada”.
Até onde Vladimir Putin está disposto a ir?
Até onde estamos todos dispostos a ir, em especial os Senhores da Terra, contáveis pelos dedos de uma mão?
Acelerando o caminho temporal para a extinção global?
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José Maria Alves
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