Ondas, bolhas e espuma não diferem da água. Do mesmo modo, tudo isto que emanou do Mesmo não é outro senão o Mesmo.
Quando o observas, o tecido revela ser apenas fio. Da mesma forma, quando olhas, tudo isto revela não ser outro que não o Mesmo.
O açúcar que nasce do sumo da cana-de-açúcar é todo ele permeado com o mesmo sabor. Da mesma forma, tudo isto, emanado de mim, está permeado comigo Mesmo...
Quão maravilhoso sou! Glória a mim! Eu que nada possuo ou que então possuo tudo aquilo a que a mente ou a palavra se podem referir.
O conhecimento, o que há para se saber, e o conhecedor – estes três não existem na verdade. Sou apenas a realidade plana na qual eles surgem devido à ignorância...
Sou a mais pura clarividência, apesar de ter sido pela ignorância que imaginei possuir outros atributos.
Tradução de Manuel João Magalhães
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