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ARTE

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

ZRÍNYI MIKLÓS (1620-1664) - O TEMPO E A FAMA





O tempo, alado, vai
por nada espera, jamais,
e corre, forte corrente;

também por nada regressa,
tudo por terra cai; nessas
coisas, é omnipotente;

seja rico, seja pobre,
um mesmo olhar descobre;
pra ele, não há resistente.

Um somente sobrevive
à força do tempo, livre,
e mantém pacificado;

não receia sua foice,
nem rápidas asas, pois se
funde nele, repousado:

a tão esplendorosa fama,
que em glória se proclama,
fica eterno legado.


Não escrevo com pena, nem
com tinta preta, porém,
com o fio de meu sabre,
e com sangue no alarve,
eterna é minha fama.


O céu azul me cubra, sem caixão à beira,
honrosa seja minha hora derradeira.
Quando lobo, mesmo corvo, tragar me queira,
tenha céu em cima, terra por companheira.

Tradução de Ernesto Rodrigues

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