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ARTE

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

CARL SANDBURG (1878-1967) - CAIXAS E SACOS





Quanto maior é a caixa, mais leva.
As caixas vazias levam tanto como as cabeças vazias.
Muitas caixinhas vazias, que se deitam numa grande caixa vazia, enchem-na toda.
Uma caixa meio-vazia diz: «Ponham-me mais.»
Uma caixa bastante grande pode conter o mundo.
Os elefantes precisam de grandes caixas para guardar uma dúzia de lenços de assoar para elefantes.
As pulgas dobram os seus lencinhos e arrumam-nos com cuidado em caixas de lenços para pulgas.
Os sacos encostam-se uns aos outros e as caixas levantam-se independentes.
As caixas são quadradas e têm cantos, ou então são redondas e têm círculos.
Pode empilhar-se caixa sobre caixa até que tudo venha abaixo.
Empilhe caixa sobre caixa, e a caixa do fundo dirá: «Queira notar que tudo repousa sobre mim.»
Empilhe caixa sobre mim, e a que está em cima perguntará: «É capaz de me dizer qual de nós cai para mais longe quando caímos todas?»
As pessoas-caixas vão à procura de caixas e as pessoas-sacos à procura de sacos.

Tradução de Alexandre O´Neill

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