Não posso desviar de ti o olhar.
Pois, por sobre o homem que te guarda,
Estás suspensa, as mãos cruzadas devagar,
E sorris, calada.
És célebre como a tal Torre de Pisa,
O teu sorriso passa por ironia.
Sim... porque é que ri a Mona Lisa?
Ri-se de nós, por nós, apesar de nós, contra nós –
Ou que mais o teu riso nos diria?
Calma nos ensinas o que tem de acontecer.
Porque o teu retrato, Lisa, claro no-lo diz:
Quem deste mundo tanto pôde ver –
Cruza as mãos, cala e sorri, como tu sorris.
Tradução de Paulo Quintela
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