Tu nunca viste a mata, querido filho meu –
À mata no inverno repouso Deus lhe deu,
Alguma vez somente vem bater-lhe o nevão,
Desata aos soluços e se arrepia então.
Logo se cala e dorme quando os nevões perecem.
No entanto, esta noite, do céu os anjos descem,
Ao longo da floresta esvoaçam trauteando
E do regaço flores e maçãs vão largando,
E as flores pelos ramos abaixo a descer;
Canções há, e luzes – que lindo é de ver!
Acordam os abetos então em grande espanto,
E alegres, como os anjos, vão-se juntar ao canto.
Tu nunca viste a mata, querido filho meu,
Mas olha o que dela o Senhor te ofereceu.
Ramo em luz de velas um anjo arrancou,
Com flores e brinquedos, tal como o encontrou.
bem longe, num presépio, Jesus em fralda está,
Dos anjos tanta prenda, tanta, quem contará?
Mas Ele é bom, vai dando aos que lhe têm amor,
Vem dizer, de joelhos: «Bem haja, meu Senhor!»
Tradução de Doina Zugravescu
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