o tonho carteirista
dava o cu e oito tostões
por uma cambalhota
a quatro montada
ceboleiro de manhã
à tarde em busca de balda
juntava à noite o gado
se de algiba rasgada
tirava proveito alargado
como ao bater um quinto
quando ainda era chavalo
um alcagoete o deu à morte
e lhe ficou com um barrete
jurou pela alma da mãe
não fosse chamar o azar
nunca mais tirar o boné
fosse em casa a comer
no eléctrico a fanar
na procissão a rezar
ou na rua a foder
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