vento norte do destino escrito na costa escarpada e sulcada pelo medo da espuma em destroços um sinal recomeço de vida nos olhares rasgados do musgo pendente do velho muro urro de temporal
nas escotilhas adormecidas estão os fantasmas das margens pantanosas da mente
castelos erguidos por miragens nos campos ceifados tapetes sangrentos das vítimas em oração
na lonjura as nuvens caladas na distância as cidades explodem na fuligem dos primeiros transportes da madrugada
há insectos nas viagens sem repelentes bétulas escurecidas pelo hálito ferruginoso dos operários desvario das noites por dormir a escuridão da idade o riso
poemas sem nexo
num passado sem siso
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