Certo dia, Sankara dirigia-se para o rio Ganges. No seu caminho, encontrou um intocável – homem que não pertence a nenhuma das quatro castas –, um chandala.
Com ele, vinham alguns cães. Quer o chandala quer os cães impediam Sankara, da casta superior, de prosseguir o seu caminho.
Com alguma arrogância, ordenou-lhe que se afastasse.
O chandala, com reverência, disse:
«Se apenas um Deus existe, como poderemos justificar a existência de muitas espécies de homens?»
Sankara caiu em si e o seu orgulho arrastou-se por terra. Também na terra ajoelhou, prostrando-se diante do pobre chandala.
Mais tarde escreveria num poema:
«Quem aprendeu a conhecer em toda a parte a Existência única,
Esse é o meu mestre, seja Brahmin ou Chandala.»
JOSÉ MARIA ALVES
http://www.homeoesp.org
Sem comentários:
Enviar um comentário