Quando era novo, ouvia a chuva
Acompanhado por bailarinas,
As velas tremulando, no vermelho
das cortinas de cama.
Depois, ouvi-a nos barcos errantes,
Nos imensos rios, sob nuvens baixas,
No vento de Oeste – lá onde
Grita o ganso selvagem.
Ouço-a agora junto à cabana dos monges,
Com prata nos cabelos,
Tristeza, alegria, ausência, encontro –
Passam, indiferentes.
Que ela tombe – a chuva, sobre os degraus,
Gota a gota, a noite inteira, até ser dia.
Tradução de Gil de Carvalho
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