Entre as meigas ovelhas pobrezinhas
Que eu guardo pelos montes, uma existe
Que anda longe, balindo, sempre triste
E vive só das ervas mais sequinhas.
Que pressentes na alma? que adivinhas?
Etérea voz de dor acaso ouviste?
Que foi que tu nas nuvens descobriste?
Não és irmã das outras ovelhinhas!
Sobes às altas fragas inclinadas,
E contemplas o sol que desfalece
E as primeiras estrelas acordadas...
E assim ficas a olhar o céu profundo;
Faminta dessa relva que enverdece
Os outeiros e os vales do Outro Mundo.
JOSÉ MARIA ALVES
http://www.homeoesp.org
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