Como fui um iconoclasta
Recuso que me façam uma estátua;
Se na vida fui carne,
Na morte não quero ser mármore.
Como sou de um lugar
De demónios e anjos,
Como anjo e demónio morto
Quero seguir pelas ruas...
Devo encontrar na eternidade
Novos anjos e demónios,
E conversarei com eles
Numa linguagem cifrada.
E todos entender-me-ão
Que não choro...
Vivi e fui assim,
Assim sonhei, e atravessei o transe.
Tradução de Jorge Henrique Bastos
Sem comentários:
Enviar um comentário