Madruga. E água vos desnuda alegres
por dentro dos espelhos. Repentinas
partis. E a superfície exerce
profundidade. E salpicais os dias
de movimento, súbito nem leve,
mas pura luz ao longo da retina.
E enquanto sobem músculos ou descem,
visível ave rítmica respira,
regressa, vai, ou cega. Tão verdade
que um fundo de água a apaga. E as esquinas
são anúncios antigos de cidade
pensando-se na noite, que dominas,
real como quem tem só idade
e, de repente, o azul é meio dia.
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