E levantam-se as pessoas
Como quem se adormecesse.
Preparam-se para o sono
De uma vigília nas ruas
Nas casas e nos empregos.
E naufragam e sufocam
Nas avenidas do Tempo.
Conversam como quem fecha
Creches gaiolas enterros
- Crianças aves e mortos.
Nos sorrisos e nos risos
Na lucidez dos reflexos
Pensam os tristes dos homens
Ganhar os dias correndo.
Mas são retidos nas sombras.
São amarrados ao vento
São sacudidos em potros
E forcas de entendimento.
Eles que são cabeleiras,
Nas chuvas de outros intentos
Nos rios e nas goteiras.
E levantam-se as pessoas
Como quem fosse viver.
Dá o Sol por sobre o Dia
faz o dia apodrecer.
(Maduro quer dizer Morte
Com toda a sabedoria)
Deitam-se então as pessoas
Para a morte de outro dia.
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