O meu búfalo tem velhos cornos amarelados,
o meu búfalo tem a cauda pelada.
Toco flauta, faço estalar o meu chicote,
levo o meu búfalo a pastar ao campo.
Se está cansado, caminho devagar;
se está com fome, sabe que eu sei que está com fome.
Quando se levanta, canto uma ária;
quando se deita, durmo um pouco.
À noite, durmo a seu lado, e ele aquece-me.
Sou um homem muito velho
que vive sem tormentos,
a não ser o medo de que o cobrador de impostos
me leve o meu velho búfalo e o venda.
Tradução de António Ramos Rosa
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