Num impudor de estátua ou de vencida,
Coxas abertas, sem defesa..., nua
Ante a minha vigília, a noite, e a lua,
Ela, agora, descansa, adormecida.
De seus mamilos roxo-azuis, em ferida,
Meu olhar desce aonde o sexo estua.
Choro... e porquê? Meu sonho, irreal, flutua
Sobre funduras e confins da vida.
Minhas lágrimas caem-lhe nos peitos...,
Enquanto o luar a nimba, inerte, gasta
Da ternura feroz do meu amplexo.
Cantam-me as veias poemas nunca feitos...
E eu pouso a boca, religiosa e casta,
Sobre a flor esmagada do seu sexo.
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