O período moderno é caracterizado pela perda da autoridade da Igreja e pelo estabelecimento definitivo da autoridade da ciência. Durante a Idade Média, praticamente todos os filósofos eram religiosos. No período moderno, os filósofos são leigos, excepcionando-se, em especial, Malebranche e Berkeley. Pode dizer-se, que a partir do século XIX, a Igreja andou apartada da filosofia.
Inexiste coesão sistemática na filosofia moderna, contrariamente ao que aconteceu com a filosofia antiga e com a cristã.
O deus dos filósofos é um conceito não religioso do divino. Pascal – Memorial – distingue aquele que não é objecto de fé, ao Deus de Abraão, de Isaac e de Jacob. O deus dos filósofos é a causa do que o segue, e é antes do mais, causa de si mesmo.
Se Deus criou este mundo, podemos ou não assacar-lhe as múltiplas imperfeições dos seres, da responsabilidade do mal?
A religião de Rosseau é natural: “Creio que o mundo é governado por uma vontade poderosa e sábia: vejo-o, ou melhor, sinto-o e isso importa-me saber. Mas este mundo será eterno ou criado? Haverá um princípio único das coisas? Haverá dois ou vários? E qual é a sua natureza? Nada sei e que me importa!”
Kant julga que Deus é indemonstrável. Não é pela razão que Deus pode ser atingido, sendo a sua existência um mero investimento moral. Ele é uma “pura crença da razão”.
Com as conquistas operadas pela ciência no século XX, os filósofos começaram a isolar a fé na existência de Deus, da compreensão do mundo natural. Acreditar em Deus, é algo que decorre da interioridade de cada ser humano, algo de absolutamente prático.
Não concordamos com Malraux quando afirma que “o século XXI será espiritual ou não existirá”, nem integralmente com a asserção de Freud, que a religião nada mais exige para se curar do que a “educação para a realidade”.
Deus, a alma, a ressurreição, a reencarnação, são pontos de referência da inquietude humana que se compreendem em função de uma angústia essencial e do seu melhor aliado: o medo.
Na perspectiva de Étienne Gilson, o problema metafísico de Deus é dominado pelo pensamento de Kant e Comte. Relevam ainda, sobremaneira, todos os que nos dois últimos séculos “mataram” Deus: Charles Darwin, Friedrich Nietzshe e Karl Marx.
Estudo temático. Para um maior desenvolvimento e conhecimento de outros filósofos sobre os temas versados, ver no site »
www.homeoesp.org »
Menu » Livros online » Deus, Alma e Morte na História do Pensamento Ocidental.
Inexiste coesão sistemática na filosofia moderna, contrariamente ao que aconteceu com a filosofia antiga e com a cristã.
O deus dos filósofos é um conceito não religioso do divino. Pascal – Memorial – distingue aquele que não é objecto de fé, ao Deus de Abraão, de Isaac e de Jacob. O deus dos filósofos é a causa do que o segue, e é antes do mais, causa de si mesmo.
Se Deus criou este mundo, podemos ou não assacar-lhe as múltiplas imperfeições dos seres, da responsabilidade do mal?
A religião de Rosseau é natural: “Creio que o mundo é governado por uma vontade poderosa e sábia: vejo-o, ou melhor, sinto-o e isso importa-me saber. Mas este mundo será eterno ou criado? Haverá um princípio único das coisas? Haverá dois ou vários? E qual é a sua natureza? Nada sei e que me importa!”
Kant julga que Deus é indemonstrável. Não é pela razão que Deus pode ser atingido, sendo a sua existência um mero investimento moral. Ele é uma “pura crença da razão”.
Com as conquistas operadas pela ciência no século XX, os filósofos começaram a isolar a fé na existência de Deus, da compreensão do mundo natural. Acreditar em Deus, é algo que decorre da interioridade de cada ser humano, algo de absolutamente prático.
Não concordamos com Malraux quando afirma que “o século XXI será espiritual ou não existirá”, nem integralmente com a asserção de Freud, que a religião nada mais exige para se curar do que a “educação para a realidade”.
Deus, a alma, a ressurreição, a reencarnação, são pontos de referência da inquietude humana que se compreendem em função de uma angústia essencial e do seu melhor aliado: o medo.
Na perspectiva de Étienne Gilson, o problema metafísico de Deus é dominado pelo pensamento de Kant e Comte. Relevam ainda, sobremaneira, todos os que nos dois últimos séculos “mataram” Deus: Charles Darwin, Friedrich Nietzshe e Karl Marx.
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