um astro nos varais do terraço cingido a orquídeas
percorro-o enquanto aguardo sem que o frio ocupe o espaço dos meus nervos a tua imagem rompendo a noite
rasgando o silêncio o canto exacto da solidão a abundância do desassossego e os gestos hercúleos das nuvens migrantes
creio e não creio em deus por ora não penso nisso penso no fracasso que reluz nas minhas entranhas creio em ti
há luzes no tejo e num outro terraço a roupa estendida lençóis suados dentro dos corpos enviesados
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