pálpebras de seda no peitoril
um corpo nu com as medidas da escuridão
a leste a lua impávida obscurece
o cabelo maduro nas costas descuidadas
a sombra metálica de uma cintura
e a carne inundada do brilho exausto da orfandade
da neblina incensada de sinais nascidos nas constelações de outono
duas folhas caem no teu vestido
da tua boca um clarão emudece as palavras
enquanto o leite corre dos teus deslumbrados seios
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