deixem não se atravessem no meu caminho
deus não existe e se existe pouco se importa comigo porque está doente ou enfadado
a noite debruça-se no leito e tu perguntas ansiosa pelo teu amigo
na janela a jarra de flores de rosmaninho e a fotografia do falecido com a palma feérica na mão esquerda tão novo coitado tristes são as guerras
o coração direito ferido
abraço-te saro-te a ferida viro-te
e por trás
te acaricio te consolo
amordaço e liberto teu cio
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