um meteoro canibalesco no paraíso escapam gemidos das gargantas dos carbonizados
no chão
ossos
calcinados é inverno no inferno
aquecem-se as almas dos condenados
transbordo a azáfama das almas amarelecidas pela nicotina volteiam não há lugares sentados
um bispo treme ao riso de um endemoninhado
pobre homem em vida cem vezes exorcizado à paulada e nada
um punhado oblíquo de rameiras zomba das barrigas gloriosas de uns velhos babados
as crianças do demo
escoam-se pelas frinchas acaloradas
põem-se ao fresco
lúcifer enfastiado
com o rabo encrespado
joga com pedro o santo
aos dados de cristo o manto
enquanto deus revoltado
arma santo agostinho soldado
põe-lhe os cravos diz-lhe
arranca-lhe os chifres e o rabo
contrafeito a medo sussurra o santo conhecendo o risco
sem diabo não há cristo
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