Precisamos de um cérebro lúcido, vivo. Para isso concorre a observação com o concomitante desenvolvimento dos sentidos, a percepção não interpretativa do desespero, da angústia, do desejo, em suma do sofrimento.
A percepção situa-se entre a sensação e o conhecimento. Saio à rua no Inverno com temperatura negativa e ventos fortes. Tenho a imediata sensação do frio. A esta sucede-se a percepção do facto de que tenho frio. Depois vem o conhecimento de que estou na Estação mais fria do ano, que os cumes da serra estão gelados, e como tal, o ar frio desce à terra chã, onde os ventos vindos de Espanha fazem o frio parecer mais frio.
JOSÉ MARIA ALVES
http://www.homeoesp.org
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