Brame, brame, brame
nas tuas frias pedras pardas, Mar!
Ah, soubera dizer-te a minha boca
tudo quanto me está a recordar!
Feliz do bom mocinho, lá na praia,
a correr, a brincar com sua irmã!
Feliz do pescador, no seu batel,
a cantar a alegria da manhã!
E os soberbos veleiros vão vogando
para bom porto, sob o vasto céu;
- mas quem me dera a mim tornar a ouvir
o som de certa voz que emudeceu!
Brame, brame, brame
nas tuas cavas penedias, Mar!
Mas ai da graça terna da hora que passou,
e nunca, nunca mais há-de voltar!
Tradução de Luiz Cardim
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