Detesto a pulga: ela profanou minha cama
bebendo meu sangue à saciedade.
Enquanto ela não sofrer o castigo, não sossegarei;
hoje mesmo, fá-la-ei morrer por seu crime.
Nem festa nem sábado me impedirão de converter
sua solenidade e sua neoménia em dia de luto.
Meus colegas hão-de bradar então: «Os sábios
proibiram matar no dia do Saba.»
E eu irei responder: «Mas antes disseram:
quem te mata, apressa-te em matá-lo.»
Tradução de J. Guinsburg
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