Quem é a tua esposa? Quem é teu filho?
Como são estranhos os caminhos deste mundo
Por muito ou pouco que seja falado.
Quem és tu? Donde vieste?
Vasta é a ignorância, meu bem-amado.
Medita sobre tais questões
E adora o Senhor do Universo.
Vê como o homem é louco:
Na infância rodeado de brinquedos,
Na juventude seduzido por amor e paixões.
Maduro, curva-se em preocupações
E sempre, sempre
Impregnado de desatenção com
O Amor,
O seu único Senhor!
As horas voam,
As Estações passam,
A vida escoa-se,
Mas a brisa da esperança
Sopra sem cessar em
Seu coração.
O nascimento traz a morte
Em corpo que a alma habita.
A morte o renascimento,
Mal que de prova não necessita.
Onde, pois, ó Homem,
Está a tua felicidade,
Tua alegria, tua bonança?
Onde, pois, ó Homem,
A tua paz?
Esta vida tremula na balança
Tal orvalho na folha de lótus,
E a vida cedo jaz,
Enquanto o sábio nos mostra,
Num agora diminuto,
Num instante,
Como cruzar o mar da mudança.
Quando o corpo se cobre de rugas,
Quando o cabelo se agrisalha,
Quando dentes caem, e o bordão
Do ancião vacila sob seu peso
Como caniçada em vaivém,
O seu desejo a taça plena tem.
Teu filho pode dar-te
Grande alegria,
Pode doar-te sofrimento,
A tua riqueza de nada é garantia,
Não te concede o céu.
Não te vanglories
Nem de tua família,
Nem de tua juventude
E seu amar –
Tudo passa,
Tudo passará,
Tudo há-de mudar.
Toma conhecimento destas verdades
E sê livre.
Entra na beatitude e alegria
Do teu Senhor.
Não busques paz ou discórdia
De parentes,
De amigos,
De amantes.
Ó bem-amado,
Se livre queres ser,
Sê em tudo igual,
Sê em tudo igual.
VERSÃO JMA
JOSÉ MARIA ALVES
http://www.homeoesp.org
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