Regato da montanha, límpido e claro
Correndo apressado ou murmurando canções de lazer,
Descuidado procuras o caminho do vale.
Oh quem me dera ser eu o regato
Urze da montanha, aberta em flor
Há quanto tempo eu não te vejo?
Enquanto eu cismava no cimo do monte, o tempo fugia
E o vento espargia o cheiro da urze.
Aves da montanha, o vento vos guarda
Pairando nos céus; e em liberdade
De crista em crista vos leva voando.
Oh quem me dera eu ser como as aves!
Filho da montanha eu fui e eu sou!
Longe da terra, canto o meu canto.
Porém o coração na montanha deixei
À beira do regato, ao lado da urze, perto das aves.
Tradução de José Domingos Morais
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