Basta o amor: embora o mundo se esteja a esvair
E os bosques sem voz mais que a voz do queixume,
Embora o céu tão escuro não deixe baços olhos descobrir
As giestas e boninas belas a florir em baixo dele,
E os montes se tomem por sombras e negro assombro o mar,
E este dia corra um véu sobre todos os feitos passados,
Nem assim lhe irão tremer as mãos, os pés tropeçar;
O vazio não cansará, nem o medo mudará
Estes lábios e estes olhos do amado e do amante.
Tradução de Helena Barbas
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