Vou sobre o Oceano (o luar de doce enleva!)
Por este mar de Glória, em plena paz.
Terras de Pátria somem-se na treva,
águas de Portugal ficam, atrás.
Onde vou? Meu fado onde me leva?
António, onde vais tu, doido rapaz?
Não sei. Mas o Vapor, quando se eleva,
lembra o meu coração, na ânsia em que jaz.
Ó Lusitânia que te vais à vela!
Adeus! que eu parto (rezarei por ela)
na minha Nau Catrineta, adeus!
Paquete, meu Paquete, anda ligeiro,
sobe depressa à gávea, Marinheiro,
e grita, França! pelo amor de Deus!
ANTÓNIO NOBRE
JOSÉ MARIA ALVES
http://www.homeoesp.org
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