Ó varina, passa,
Passa tu primeiro!
Que és a flor da raça,
A mais séria graça
Do país inteiro.
O teu vulto seja
Sonora fanfarra,
Zimbório de igreja;
Que logo te veja
Quem entra na barra.
Lisboa, esquecida
Que é porto-de-mar,
Sente a sua vida
Reconstituída
Pelo teu andar.
Dá-lhe a tua graça
Clássica e sadia.
Ó varina, passa!
Na noite da raça
Teu pregão faz dia!
Vê que toda a gente
Ao ver-te, sorri.
Não sabe o que sente
Mas fica contente
De olhar para ti.
E sobre o que pensa
Quem te vê passar,
Eterna, suspensa,
Acena a imensa
Presença do mar.
CARLOS QUEIROZ
JOSÉ MARIA ALVES
http://www.homeoesp.org
Sem comentários:
Enviar um comentário