um doce aroma percorreu o meu peito aberto às nuvens
o pomar em linha exibia os vagões obsoletos da cristandade
telhados e antenas
telhas enegrecidas
paredes com rosto de tijolos arcaicos
tudo tão macabro como os habitantes daquele descampado sujo e pérfido
vacariça
um cedro decapitado vegeta no centro do pinheiral cerzido por fetais e silvados
o trem urra
destino celorico da beira guarda sempre o destino larvar da inconstância estações incontinentes da inconsequência
o coração em desatino na preparação da viagem solitária
é urgente reequipar o navio impor ao rumo um espírito novo dotá-lo de uma alma renovada imune ao vendaval do sem-sentido-perpétuo
a paz só floresce no novel
Sem comentários:
Enviar um comentário