na alcova um pássaro gigante
um enlevo da noite passada perdura na humidade salobra do riacho de verão
as horas crescem no tecto espelhado
os pensamentos são botões por desabrochar num qualquer dia de primavera
a luz das velas as sombras entumecidas o terraço dos corações afogados em fumo de incenso tudo como num sonho assombrado
o lótus encarnado estremece na esmeralda pendente do alvorecer
há um caminho deserto para cada coração solitário
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