terça-feira, 30 de junho de 2009
ALBERTO PIMENTA (1937) - ÉCLOGA
as coisas que de dia não fecham
as coisas que de dia não abrem
as coisas que de noite não abrem
as coisas que de noite não fecham
a coisa de josé de dia não abre
a coisa de maria de dia não fecha
a coisa de miló de noite não abre
a coisa de antão de dia já se sabe
a coisa de milu de dia não deixa
a coxa de joão não abre não
a coxa de lurdes não abre nem fecha
o queixo de juca de dia não obra
o queixo de maria toda a noite se queixa
o caxo de antão de noite não pode
o caxo de joão que ninguém lhe mexa
a culpa de josé de dia não sai
a cuja de maria de dia não pode
a cuja de mané de dia não vai
a cuja das cujas nunca lhe acode
assim se passa o tempo
assim sopra agreste o vento
e todos desencontrados
uns abertos outros fechados
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