os meus dias são redondos e magros como mirtilos silvestres framboesas do queixume abrunhos tombam incertos nas palmas das mãos abertas quero a marca dos teus caninos rente à minha vontade
a secreta arte
do caminhante do deserto
os rubis que se escondem
nas grutas cruéis
a cruz que nos prende à terra estéril
a vertiginosa cisterna esmeralda lábios marítimos donde te ergues
agora é tarde limito-me a escutar o som que se incendeia no teu corpo virgem a saudação do teu regaço
o que teces e o que desfazes
ao luar
nua no terraço
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