Um homem passava os seus santos dias com queixumes constantes. A vida não tinha qualquer sentido; tudo era tédio, infelicidade. Não encontrava prazer, admiração ou espanto em nada.
Quando os amigos lhe perguntavam a razão de tão profunda tristeza, limitava-se a responder de modo taciturno:
- A minha vida não tem qualquer sentido.
Quando apenas lhe parecia restar a destruição, decidiu solicitar auxílio ao velho Sage.
Os primeiros meses pareceram-lhe insuportáveis. O bom do Sage pouco ou nada falava. Aprendeu a olhar para as coisas, único modo de “matar o tempo”.
Decorridos dois anos, voltou à aldeia, onde foi acolhido com alegria e com inúmeras perguntas.
- Agora a tua vida já tem sentido?
- Não, respondeu.
- Perdeste então o teu tempo?
- Não.
- Como assim? Se estás como outrora?
- Agora não busco nada e quando busco não sei o que busco.
Não desejo nada e quando desejo não sei o que desejo.
Tenho paz e tranquilidade, que é independente de tudo o que o quotidiano me traz ou possa trazer.
JOSÉ MARIA ALVES
http://www.homeoesp.org
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