Sinto hoje um alvoroço
Incómodo, desajeitado, no meu rebanho.
Pulam as cabras, saltam ovelhas
E os cães desatentos.
Não lhes cheira a lobo,
Que os não vejo há anos.
Será que o olfacto os ilude ou engana?!
O meu rebanho são os meus pensamentos
Com cães imprestáveis para os guardar.
Devia guardá-los eternamente
Num alforge seguro e de quando em vez
Tirar um, para saber que sou capaz
De pensar o pensado,
De reflectir o reflectido,
E depois dormir com o saco ao lado
Não o deixando fugir,
Não vá alguém de má fé
Lembrar-se de mo abrir.
JOSÉ MARIA ALVES
http://www.homeoesp.org
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