Corre uma leve brisa nos mastros
Nus e em repouso dos barcos.
Olho o rio que lento desliza
Na direcção do mar.
Perde-se a vista no horizonte
Da pequena vaga em S. Julião
E amo-te em silêncio
No segredo dos oceanos,
Das nuvens e estrelas.
Quero bradar aos céus
Às criaturas e aos deuses,
Quero cantar aos ventos
Às florestas, bosques
E encantamentos,
A paixão, o amor, o alento
Que faz cessar o sofrimento.
Mas calo e consinto
Escondo e minto
Quando afinal o que sinto
É tão atroz e violento
Que só pode ser acalmado
Pela voz em perpétuo movimento.
JOSÉ MARIA ALVES
http://www.homeoesp.org
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