No mosteiro, um dos monges mais novos, foi apanhado a furtar em flagrante delito.
O facto, por anómalo, foi narrado ao Mestre. Todos aguardavam a expulsão do infractor.
O Mestre limitou-se a ignorar o acontecimento. Os restantes discípulos, indignados, dirigiram-se-lhe ameaçando-o com o seu abandono do mosteiro, caso o delito não fosse devidamente punido.
Disse-lhes o Mestre:
“Pelos vistos, vós sois sábios, capazes de distinguir o bem do mal, o que está certo do que está errado. Podeis ir para qualquer outro lugar praticar o Zen, ou praticá-lo por vós mesmos, se assim o desejardes. Mas, o que será deste nosso pobre irmão, que não entende algo aparentemente tão simples como o certo e o errado? Quem o aceitará para o ensinar? Quem o ensinará se eu o não fizer? Parti se assim vos aprouver, mas este irmão fica. O meu dever para com ele é bem maior do que para todos vós.”
JOSÉ MARIA ALVES
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