Um homem de negócios foi visitar o Mestre. Este, era tido como um reservatório imenso de sabedoria, e aquele, apesar de todos os seus afazeres não quis deixar de o conhecer, principalmente para tentar entender o desapego quase total que lhe atribuíam.
Na presença do Mestre, disse:
“Poderás tu dizer-me algo que possa melhorar a minha vida? Sinto que a felicidade me escapa pelos dedos, não obstante tenha tudo o que desejo.”
“Já não és propriamente um jovem. Julgo que deverias dedicar-te um pouco à vida espiritual. A existência é muito mais do que a mera satisfação dos desejos da carne ou da matéria.”
O homem respondeu:
“Tens razão. Mas, o meu quotidiano é uma corrida contra o tempo. Tenho três grandes empresas para gerir, dezenas de lojas espalhadas pelo país, sucursais no estrangeiro, um activo imobiliário imenso, acções e mais de um milhar de empregados. Reuno com políticos, empresários, dou palestras de economia, entrevistas para revistas especializadas e para jornais do mundo inteiro, enfim, para nada mais me sobra tempo.”
Depois de o ouvir, disse o Mestre:
“Estou certo, que quando faleceres, alguém dirá: - Morreu um homem cuja vida foi totalmente preenchida com futilidades e inutilidades. Um homem que em dezena de anos não viveu em boa verdade um único dia. Um homem que viveu uma vida que não mereceu em momento algum ser vivida. Parabéns!”
JOSÉ MARIA ALVES
http://www.homeoesp.org
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